Noite especial. Mais uma Festa do Independência ou Marte, desta vez, em edição internacional. Um marco nessa processo cultural/musical que a cidade vive, cada vez mais unida e intensificada, agora sob os laços da Massa Coletiva, um núcleo cooperativo que articula projetos e pessoas da cidade, em busca de ideiais coletivos na produção artística.Centro de São Carlos, Armazém Bar. Do lado de fora, com o céu à vista para todos, em uma noite refrescante começa com tudo redondinho, as pessoas em alto astral, banquinha de cds montada, luz de sirene rolando e o palco montado pelo mestre Julinho Árabe. O sr. FioDiBack é quem começa, discotecando alguns rocks, além de bons sons para já quisesse dançarem na pista. Logo, Youngman se junta e começa a sujar um pouco mais s músicas, com sons independentes nacionais com bastante distorção, noise, e pegada forte, assim como os shows que viriam na seqüência. Um bom esquenta pra um público que ainda estava chegando, mas que já se envolvia com este universo. Não demorou muito para que fosse dada a largada do Duelo de Monobandas. O experiente Uncle Bucher and His One Man Band contra o jovem Fabulous Go Go Boy from Alabama, ou se preferirem, Marco e Luiz. Dois figuras muito massa, que, cansados de não fazerem amigos como monobandas, inventaram esse esquema para abrir o show dos gringos na turnê. Acordes certeiros, gritaria em inglês, algumas placas de trânsito sendo batucadas, muita cerveja e uma palheta perdida, em um versus que, de treta não tem nada. Ao longo dos pouco mais de 30 minutos de show, eles tocaram sons próprios e algumas coisas que inventaram na hora, e enquanto é vez de um, o outro já dava uma palinha, seja com a guitarra, cantarolando um pedaço, ou simplesmente seguindo o ritmo no chimbal. Já a música final foi tocada junta mesmo, com os dois muito sincronizados em suas vocalizações primitivas e no ritmo instintivo.
Pouco tempo sobrou entre o primeiro show e a atração principal. O Armaźem já estava fervendo, ainda deu pra rolar mais alguns sons, mas logo chegou a hora; o apito agudo do pedal fuzz no talo anuncia que os mascarados do Black Mekon se preparavam para entrar...vinheta, pilha na galera, valendo!
O show dos caras vai muito além de qualquer percepção sobre o que veio antes ou depois daquele momento. A sincronia deles é visceral, está na natureza insana de seres humanos, que na verdade são bem humildes e sinceros, mas que se transmutam em animais misteriosos, insanos e inconsequentes no palco. Vestidos de ternos e com uma faixa negra que cobrem seus rostos, eles viram personagens de suas loucuras sem economizar na energia em nenhum segundo da apresentação. A estrutura da casa praticamente tremeu e teve gente que achava que iria ficar surda com um som tão alto e pesado. A bateria possui suas peças microfonadas, é jogada em um mixer, que por sua vez passa por um pedal de distorção, deixando um peso absurdo a cada ataque e as duas guitarras são tão gritantes, que fazem esquecer que não possui baixo na formação deles. A cada início ou final de música, muito ruído, microfonia, e tudo mais. Mas os momentos mais intensos mesmo são quando o vocalista deixa de lado seu instrumento e se dedica apenas à cantar da forma mais intensa, como quando ele desceu pra junto da galera, ajoelhou e encontrou um berro ainda mais profundo em seu ser. No fim, é claro que a rapaziada pediu “one more” e eles voltaram. Perguntaram se preferiam algo mais lento ou rápido e mais porrada veio pela frente, pra sugar o resto de energia de quem ainda estava na brincadeira. Sem dúvida, um dos melhores shows que tivemos esse ano, coroado ainda pelo comentário deles, deste ter sido o melhor show até então na turnê no Brasil. Bueno, mas a festa ainda não acabou assim não. Como se sabe, os DJs são seres aficcionados por música, e ainda tocaram muito tempo para uma galera que ficou para conferir o que eles têm naquele case recheado de artistas que não tem encontrado espaço nas mídias e nem nas pistas. Mais uma vez, parabéns a todos que tramparam, que compareceram e mantiveram a vibe cósmica.
"You know guys, it's us"
Jovem Palerosi
fotos: Rafael Rolim
Pouco tempo sobrou entre o primeiro show e a atração principal. O Armaźem já estava fervendo, ainda deu pra rolar mais alguns sons, mas logo chegou a hora; o apito agudo do pedal fuzz no talo anuncia que os mascarados do Black Mekon se preparavam para entrar...vinheta, pilha na galera, valendo!
O show dos caras vai muito além de qualquer percepção sobre o que veio antes ou depois daquele momento. A sincronia deles é visceral, está na natureza insana de seres humanos, que na verdade são bem humildes e sinceros, mas que se transmutam em animais misteriosos, insanos e inconsequentes no palco. Vestidos de ternos e com uma faixa negra que cobrem seus rostos, eles viram personagens de suas loucuras sem economizar na energia em nenhum segundo da apresentação. A estrutura da casa praticamente tremeu e teve gente que achava que iria ficar surda com um som tão alto e pesado. A bateria possui suas peças microfonadas, é jogada em um mixer, que por sua vez passa por um pedal de distorção, deixando um peso absurdo a cada ataque e as duas guitarras são tão gritantes, que fazem esquecer que não possui baixo na formação deles. A cada início ou final de música, muito ruído, microfonia, e tudo mais. Mas os momentos mais intensos mesmo são quando o vocalista deixa de lado seu instrumento e se dedica apenas à cantar da forma mais intensa, como quando ele desceu pra junto da galera, ajoelhou e encontrou um berro ainda mais profundo em seu ser. No fim, é claro que a rapaziada pediu “one more” e eles voltaram. Perguntaram se preferiam algo mais lento ou rápido e mais porrada veio pela frente, pra sugar o resto de energia de quem ainda estava na brincadeira. Sem dúvida, um dos melhores shows que tivemos esse ano, coroado ainda pelo comentário deles, deste ter sido o melhor show até então na turnê no Brasil. Bueno, mas a festa ainda não acabou assim não. Como se sabe, os DJs são seres aficcionados por música, e ainda tocaram muito tempo para uma galera que ficou para conferir o que eles têm naquele case recheado de artistas que não tem encontrado espaço nas mídias e nem nas pistas. Mais uma vez, parabéns a todos que tramparam, que compareceram e mantiveram a vibe cósmica.
"You know guys, it's us"
Jovem Palerosi
fotos: Rafael Rolim
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