quinta-feira, 3 de junho de 2010

Palquinho Maluco 25 de maio 2010 - Resenha

Mês de Maio, época em que o inverno começa a se anunciar e o frio vai sorrateiramente tomando conta das noites sãocarlenses.
A solução?

Rock! Mais especificamente surf-music, para balançar bastante e transformar o vento gelado em brisa quente. Graças à este maravilhoso antídoto, o palquinho do dia 25 de maio mais pareceu uma praia. Aqueles que assistiram às duas ótimas bandas Camarones Orquestra Guitarrística (Natal-RN) e The Almighty Devildogs (Bauru-SP) nem perceberam o frio, que provavelmente foi barrado pelas energias boas de uma divertida festa de rock e cultura pop.

A primeira banda a subir no Palco foi o Almighty Devildogs de Bauru-SP. A banda já havia tocado na cidade no começo do ano, no grito rock, e agora estreava no palquinho. Com uma mudança na formação, com a entrada de Montinho na Bateria, eles esquentaram o público com sua violenta e divertida mistura de Punk Rock e surf-music. A banda ainda conta com Vinícius Nogueira e Daniel "Gords" nas guitarras, Edgard no Baixo e Gabriel "Barbinha" Ruiz de Devildog: Vestido com uma curiosa máscara de cachorro raivoso (alguém lembrou do trilobit?) e balançando a cabeça frenéticamente ele soltava samplers diretamente das profundesas dos filmes B e/ou de terror. Aliás, o gênero cinematográfico é, tanto quanto qualquer influência musical, uma referência básica da banda, não so nos samplers e nos nomes das músicas mas principalmente na sonoridade. As músicas são apavoradas e rápidas como uma fuga ("corre!"), soturnas e sem frescuras como um filme de José Mojica Marins ("Maldito") e inundadas de referência pop ("Agente Zero").

E a noite continuou embalada pelas canções sem voz do Camarones Orquestra Guitarristica. Com a proposta de fazer música instrumental simples, despretensiosa e, principalmente, divertida. A banda formada por Ana Morena (baixo), Anderson Foca (Teclado, barulinhos e animação), Xandi Rocha (Bateria), Karina Monteiro e Leo Martinez (guitarras), levou o público presente abaixo. A noite, que já estava quente, virou um grande carnaval. Aglomerados na frente do palco, os corajosos que enfrentaram o frio recebiam a segunda dose de sua recompensa: energia pura, disparada do palco para público, que retribuia na mesma altura, com pulos e danças das mais frenéticas e amalucadas possíveis. A Orquestra Guitarrística fazia jus ao nome, com um peso e densidade sonora de uma sinfônica ela cumpria à risca o que propunha, com um som simples, porém fino, divertido e altamente dançante. Juntando no seu calderão potiguar punk, ska e surf e servindo com uma cobertura aroma-artificial-idêntico-ao-original de Hanna Barbera, Lonney Tunes e os Banana Split, o som da Camarones Orquestra Guitarrística transforma qualquer funeral em balada. Imagina o que fez no palquinho...

Um comentário:

Gabriel Machado disse...

eu achava q a máscara era de macaco!!
e esse palquinho foi mt foda!!